Eduardo Ferrer 1959 - guitarra flamenca de um dos mais famosos luthiers de Espanha. Eduardo Ferrer era sobrinho de Benito Ferrer, o fundador da famosa Escola de Granada. Foi o professor da maioria dos fabricantes de guitarras de Granada e é, portanto, uma figura-chave na história da fabricação de guitarras.
Eduardo Ferrer nasceu em 1905. Quando tinha cerca de dez ou doze anos, entrou na loja do seu tio Benito Ferrer como aprendiz, frequentou também a escola do seminário durante algum tempo, pensando que queria ser padre, mas mudou de ideias. Quando o seu tio morreu em 1925, Eduardo tomou conta da sua loja.
A sua vida foi uma longa aventura: desde a sua aprendizagem, quando não ganhava nada, até à guerra, quando vendeu uma guitarra por vinte pesetas, o que parecia ser uma fortuna. Como um luthier, o seu trabalho segue de perto o do seu tio. Apesar de ter feito várias experiências, continua a recorrer aos métodos tradicionais e comprovados de Benito Ferrer e Antonio de Torres. Na sua opinião, eles tinham explorado tudo o que era necessário explorar e não havia nada de novo a inventar.
A sua importância como luthier, no entanto, foi também como professor. Quase todos os guitarristas que trabalham atualmente em Granada aprenderam com ele ou a sua arte com aqueles que o fizeram. Entre os seus aprendizes contam-se José Castaño e Milan, que continuaram os seus estudos com ele após a morte do seu tio; Juan López, que morreu durante a guerra, Miguel Robles, Manuel Fernández, Francisco Manuel Díaz, Manuel López, Antonio Marín, o seu próprio filho José Ferrer e muitos outros. Também ajudou a formar fabricantes de guitarras clássicas no Japão. Passou 3 meses por ano entre 1966 e 1968 no Japão, mostrando aos trabalhadores da Yamaha como construir guitarras.
Esta guitarra é uma guitarra de flamenco de 1950, com tampo em abeto e fundo e ilhargas em cipreste. A escala é de 660 mm e o pinhão de 50 mm.
É extraordinária e ficámos imediatamente maravilhados com esta maravilhosa guitarra. Juntamente com a construção leve e os materiais nobres, produz um som mágico, quase místico. É alto e claro e tem toda a mordacidade flamenca que seria de esperar.
Um excelente exemplo dos melhores instrumentos de Ferrer. O timbre é lindo - rico e sedoso, suave e cheio, combinando as melhores qualidades de uma guitarra com tampo em abeto com o som único das melhores guitarras da Granada. A separação entre as notas é clara e incrivelmente equilibrada, em toda a gama. Também desenvolveu um agradável carácter vintage no som.
Esta guitarra é muito parecida com as guitarras de Manuel de la Chica e tem o mesmo cabeçote.
Está em bom estado. 2 pequenas fissuras foram bem reparadas.
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